Com a aproximação da Conferência das Partes – COP 30, o maior evento global para discussão e negociações sobre as mudanças do clima, o Ministério das Mulheres instituiu o Grupo de Trabalho Mulheres na COP 30. A atividade acontecerá em novembro em Belém do Pará (PA).

O GT possui a finalidade de debater, formular, coordenar e elaborar estratégias técnicas e políticas de participação, inserção e intervenção das mulheres na COP 30 no processo de organização e tomadas de decisões políticas, informou MMulheres. 

“Nós já sabemos que são as mulheres as mais impactadas por eventos, tanto de natureza da mudança climática como de crimes ambientais. E são as mulheres também que são as primeiras a se disponibilizarem para atuar em defesa da vida. Elas são as primeiras a organizar o acampamento, a organizar a comida do acampamento. Portanto, entendemos que devem ser ouvidas na construção do Plano Clima e Gênero, porque são elas que organizam a sobrevivência nesses casos. E também queremos que o Estado possa se organizar para mitigar, para minimizar os efeitos desta violência climática”, contextualizou a secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política do Ministério das Mulheres, Fátima Cleide, que compõe o GT. 

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Além da secretária, integram ainda o Grupo de Trabalho a conselheira-diretora da Themis: Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Denise Dourado Dora, que o coordenará; e a assessora do Gabinete Ministerial. Maria Jocicleide de Aguiar. 

“De maneira geral, o Ministério das Mulheres pretende reunir o Estado e a sociedade civil para refletirem sobre estratégias mais eficientes de participação e de empoderamento das mulheres nas posições de lideranças no combate às mudanças climáticas, além de mecanismos que possam assegurar a sobrevivência física e cultural dos grupos de mulheres que vêm sendo gravemente afetados pelos transtornos ocasionados pela crise climática”, disse a secretária. 

Funcionamento do GT

O GT foi criado por determinação da ministra  das Mulheres, Cida Gonçalves. O trabalho do grupo terá inicialmente a duração de 180 dias e poderá ser prorrogado por igual período, caso seja necessário. Serão realizadas reuniões semanais e contará eventualmente com a participação de especialistas convidados e representantes de outros órgãos e entidades públicas e privadas para participar das reuniões. 

De acordo com a portaria 61 do MMulheres, o grupo vai formular e desenvolver ações estratégicas que viabilizem a participação das mulheres em sua diversidade na COP 30; desenvolver ações de escuta com as diversas iniciativas existentes de defensoras climáticas e ambientais para exposição dos trabalhos das mulheres; coordenar a organização do Pavilhão das mulheres durante os dias de realização da COP 30; coordenar os SIDE EVENTS que serão realizados no pavilhão das mulheres durante a COP 30; e organizar a exposição sobre o Planeta fêmea.

O trabalho deverá se realizar com base em debates temáticos com especialistas, escuta dos diversos movimentos de mulheres e discussões com o Ministério sobre programas e projetos estratégicos sobre gênero e clima. O grupo produzirá um relatório final que será encaminhado para a ministra das Mulheres com um repertório de atividades específicas para as mulheres brasileiras na conferência.

“Nós pretendemos que isso aconteça antes da COP e que ele possa subsidiar toda a atuação junto à presidência da COP 30 em todas as atividades ligadas à negociação internacional que acontece durante todo este ano de 2025 nos eventos promovidos pela UNFCCC e também subsidiará a construção do plano gênero e clima e todas as ações das agendas que o Ministério das Mulheres tem construído em relação à justiça climática, principalmente no grande evento promovido por este ano pelo Ministério das Mulheres, que será a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres”, informou a representante do MMulheres no GT. 

Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres