Aposentados da Argentina — e torcidas organizadas — manifestaram contra os cortes de verba feitos pelo presidente Javier Milei e pedem manutenção no valor da aposentadoria. O protesto ocorrido nesta quarta-feira (12) foi reprimido com gás lacrimogênio e balas de borracha. Até o momento, mais de 120 pessoas foram presas. Uma aposentada e um fotojornalista ficaram gravemente feridos. Saiba mais na TVT News.

Violência policial na Argentina deixa feridos

Pensionista se reuniram no Centro Histórico de Buenos Aires para clamar por reajuste na aposentadoria devido o alto valor da inflação e a queda no poder de compra. Se junto a eles, torcidas organizadas de diversos times argentinos.

Mais de mil policiais se deslocaram para a manifestação e as forças armadas formaram um piquete para impedir a locomoção de manifestantes.

O ato inicialmente pacífico escalonou para momentos de caos e a polícia da Argentina confrontou com balas de borracha e gás lacrimogênio. De acordo com o jornal La Nacion, 20 manifestantes ficaram feridos e 26 policias foram agredidos.

Dentre eles, a aposentada Beatriz Bianco, de 87 anos, que foi empurrada por um policial na travessa entre as ruas Callao e Rivadavia. O policial tentava afastá-la de perto dele.

Em meio ao protesto, o fotojornalista Pablo Nahuel Grillo, de 35 anos, foi atingido uma bomba de gás lacrimogênio na cabeça. Segundo informações do La Nacion, o fotógrafo se encontra “sob efeito de sedativos, com assistência respiratória mecânica e suporte vasopressor, para manutenção da pressão arterial”, após realizar cirurgia.

De acordo com o Ministério da Segurança da Argentina, as Forças Federais prenderam 25 pessoas e a Polícia Municipal apreendeu outros 99 manifestantes. Uma viatura da polícia municipal foi capotada e incendiada.