O chefe de polícia de Paris, Laurent Nuñez, decidiu proibir todas as reuniões planejadas para Georges Abdallah na região de Paris, começando pela cidade de Paris e depois estendendo-as às cidades suburbanas de Aubervilliers e Saint-Denis, onde as ações foram convocadas. Essa repressão obviamente segue o sucesso retumbante da manifestação em Paris em 8 de fevereiro, quando cerca de 5.000 pessoas marcharam para exigir a libertação de Georges Abdallah.

Apesar dessas tentativas do Estado burguês de dissolver o movimento, a Campanha Unitária pela Libertação de Georges Ibrahim Abdallah anunciou o sucesso de mais de 35 manifestações em 19 de fevereiro, um dia antes da decisão de sua libertação! A importância dessa mobilização pode ser vista, entre outras coisas, no fato de que toda a grande mídia burguesa foi forçada a falar sobre ela, seja sobre as proibições de reuniões ou sobre as próprias manifestações.

De Toulouse a Montpellier, passando por Lille, Bordeaux, Rennes ou Lyon, na França e internacionalmente, as iniciativas se multiplicaram, com discursos combativos liderados pelos componentes da Campanha Unitária e, em alguns casos, manifestações lideradas pelas bandeiras da Palestina e pelos coletivos presentes.

A partir de agora, os partidários de Georges Abdallah estão aguardando a decisão, tendo em mente a promessa que fizeram a si mesmos: a de estar lá, qualquer que seja a decisão, para intensificar a mobilização não apenas por Georges Abdallah, mas por todos os presos políticos revolucionários e em defesa da Palestina.