O Sada Cruzeiro venceu a Superliga masculina pela nona vez, ampliando sua hegemonia como maior campeão nacional de vôlei.
Agora, a equipe celeste tem dois títulos a mais que o Minas Tênis Clube. Das últimas 12 edições da competição, os mineiros venceram oito vezes.
O título deste domingo (4) foi conquistado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, contra o Vôlei Renata/ Campinas, por 3 sets a 1, com a equipe saindo atrás no placar. As parciais foram de 18/25, 25/23, 25/23 e 25/21.
O último título de Superliga do Cruzeiro, atual campeão do mundo, havia sido conquistado na temporada 2022/2023. No ano passado, a equipe foi eliminada nas quartas de final pelo próprio Campinas.
Dono da melhor campanha, o time do interior paulista ficou com o vice pelo segundo ano seguido —perdeu no ano passado a decisão para o Sesi-Bauru. Na primeira vez em que chegou à decisão, na temporada 2015/16, foi superado pelo Cruzeiro.
O jogo
A partida começou difícil para os mineiros, liderados por um tripé de campeões olímpicos na Rio-2016: o oposto Wallace, o central Lucão e o ponteiro Douglas Souza.
Quando os paulistas, que contavam com a maioria dos 10 mil torcedores presentes no ginásio, abriram dez pontos de vantagem, o técnico Felipe Ferraz mexeu. Colocou Vaccari, convocado pelo Brasil nos últimos anos, no lugar de Douglas.
De nada adiantou. O Campinas —do levantador Bruninho e do ponteiro Maurício Borges, ouro no Rio, além do oposto Bruno Lima, bronze pela Argentina em Tóquio-2020– imprimiu um ritmo impressionante no bloqueio, parando com muita facilidade o ataque adversário. No fim do set, vitória fácil por 25 a 18 para os paulistas.
O segundo set foi mais disputado. O Cruzeiro melhorou sua virada de bola, e o time campineiro foi mais inconsistente na recepção, obrigando Bruninho a levantar bolas altas nas pontas, mais fáceis de serem marcadas pelo bloqueio adversário.
Apesar do crescimento cruzeirense, Wallace tinha dificuldades para pontuar. Por isso, foi trocado pelo jovem Oppenkoski, que garantiu a vitória dos mineiros em 25 a 23.
O placar foi o mesmo da terceira parcial, na qual o Campinas abusou de erros de saque.
A parcial decisiva começou com um Cruzeiro avassalador, abrindo logo três pontos de vantagem, que subiram para quatro, depois seis. Horácio Dileo, técnico campineiro, observava atônito ao sistema de defesa mineiro irritar seus atacantes, que pararam de pontuar. Porém, diferente de Ferraz, não fez mudanças em sua equipe, que sucumbiu por 25 a 21.
Lucão, aos 39 anos, foi eleito o melhor jogador da competição e da final. Com 14 pontos, foi o jogador que mais pontuou pelo time mineiro na decisão. Douglas Souza, Alê e Matheus Brasília, além do treinador Filipe Ferraz, também foram eleitos para compor a seleção do campeonato.
Publicado em: 2025-05-04 12:33:00 | Autor: Bruno Lucca |