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‘Atirando no próprio pé’: EUA enfrentam maior instabilidade desde a Segunda Guerra, diz economista

‘Atirando no próprio pé’: EUA enfrentam maior instabilidade desde a Segunda Guerra, diz economista

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‘Atirando no próprio pé’: EUA enfrentam maior instabilidade desde a Segunda Guerra, diz economista

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Diante das incertezas que rondam a economia global, cresce o debate: os Estados Unidos estão à beira de uma crise sistêmica? E se estiverem, quais os impactos… 10.04.2025, Sputnik Brasil

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Segundo economistas ouvidos pela Sputnik Brasil, vivemos uma mudança profunda no cenário internacional. O modelo vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial dá sinais de esgotamento — e os EUA, pilar dessa ordem, enfrentam dificuldades que, segundo os analistas, vão além da economia.”A gente está vivendo uma mudança muito substancial de período histórico. Uma transformação muito radical do mundo que a gente conhecia, principalmente do pós-Segunda Guerra Mundial para cá”, avalia Juliane Furno, economista e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Para ela, um dos pontos centrais dessa mudança é a “decadência da economia norte-americana e também dos pilares que davam sustentação ao imperialismo”. Furno aponta que “a capacidade produtiva, tecnológica” dos EUA está sendo substituída pela liderança chinesa, “o que ameaça os Estados Unidos”.Para ela, o atual momento pode abrir uma janela de oportunidades para países periféricos: “Esse ataque hoje está sendo selado por um conjunto de tarifas, tentando retomar a centralidade da economia norte-americana, principalmente através da retomada da indústria.”Ela defende que economias periféricas devem “fortalecer a integração, fortalecer políticas de reciprocidade baseadas na solidariedade e buscar uma alternativa especialmente financeira que desbanque o dólar como moeda de reserva e erija novas alternativas monetárias mais justas”.”Há um conjunto de riscos, mas sobretudo de possibilidades que devem ser aproveitadas pelosEstados e pelas economias periféricas.”Como está a economia nos EUA hoje?O economista e ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Nogueira Batista Jr. também enxerga um cenário de transição, mas com forte instabilidade. “É muito difícil fazer qualquer previsão no momento, mais difícil do que de costume”, disse.Batista Jr. avalia que haverá impactos no comércio, no nível de atividade global e nas finanças, mas que “no médio e longo prazo, tem um lado positivo, que é o enfraquecimento de uma potência que tem feito mais estragos do que benefícios para os outros países”.Segundo ele, o governo Trump representa o auge da crise política estadunidense e contribui para um cenário de incerteza. “Trump culmina um processo de decadência política dos Estados Unidos e gera um grau de incerteza que eu nunca vi na minha vida toda.”Consequências da crise econômica dos EUA no BrasilO Brasil, segundo o ex-diretor do FMI, já sente os reflexos dessa instabilidade: “O Brasil foi atingido por tarifas sobre aço e alumínio, e agora por uma tarifa uniforme de 10%.””Mas o curioso é que o Brasil tem déficit com os Estados Unidos, então se o critério é esse, o Brasil não deveria estar sofrendo nenhuma tarifa adicional. Mas não há critério nesse governo Trump. É uma coisa inacreditavelmente incompetente, ignorante, despreparada”.Para os dois economistas, o processo de enfraquecimento norte-americano não será rápido nem simples.

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Diante das incertezas que rondam a economia global, cresce o debate: os Estados Unidos estão à beira de uma crise sistêmica? E se estiverem, quais os impactos para o restante do mundo?

Segundo economistas ouvidos pela Sputnik Brasil, vivemos uma mudança profunda no cenário internacional. O modelo vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial dá sinais de esgotamento — e os EUA, pilar dessa ordem, enfrentam dificuldades que, segundo os analistas, vão além da economia.

“A gente está vivendo uma mudança muito substancial de período histórico. Uma transformação muito radical do mundo que a gente conhecia, principalmente do pós-Segunda Guerra Mundial para cá”, avalia Juliane Furno, economista e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Para ela, um dos pontos centrais dessa mudança é a “decadência da economia norte-americana e também dos pilares que davam sustentação ao imperialismo”. Furno aponta que “a capacidade produtiva, tecnológica” dos EUA está sendo substituída pela liderança chinesa, “o que ameaça os Estados Unidos”.

Para ela, o atual momento pode abrir uma janela de oportunidades para países periféricos: “Esse ataque hoje está sendo selado por um conjunto de tarifas, tentando retomar a centralidade da economia norte-americana, principalmente através da retomada da indústria.”

“Acontece que essa é uma manobra muito ousada, pode gerar um reposicionamento norte-americano no sistema interestatal e pode gerar, por outro lado, o isolamento da economia americana e abertura e aceleração de espaços de integração Sul-Sul e de fortalecimento de uma nova ordem econômica global.”

Ela defende que economias periféricas devem “fortalecer a integração, fortalecer políticas de reciprocidade baseadas na solidariedade e buscar uma alternativa especialmente financeira que desbanque o dólar como moeda de reserva e erija novas alternativas monetárias mais justas”.

“Há um conjunto de riscos, mas sobretudo de possibilidades que devem ser aproveitadas pelos
Estados e pelas economias periféricas.”

O economista e escritor Paulo Nogueira Batista Jr., com carreira no Fundo Monetário Internacional (FMI) e BRICS - Sputnik Brasil, 1920, 11.03.2024

Brasil retoma política externa autônoma e nacionalista, diz ex-diretor do FMI à Sputnik

Como está a economia nos EUA hoje?

O economista e ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Nogueira Batista Jr. também enxerga um cenário de transição, mas com forte instabilidade. “É muito difícil fazer qualquer previsão no momento, mais difícil do que de costume”, disse.

“Os Estados Unidos são uma economia muito grande ainda, a segunda maior do mundo depois da China […], então o tumulto que está sendo causado pelo novo governo americano vai afetar a economia mundial negativamente.”

Batista Jr. avalia que haverá impactos no comércio, no nível de atividade global e nas finanças, mas que “no médio e longo prazo, tem um lado positivo, que é o enfraquecimento de uma potência que tem feito mais estragos do que benefícios para os outros países”.

Segundo ele, o governo Trump representa o auge da crise política estadunidense e contribui para um cenário de incerteza. “Trump culmina um processo de decadência política dos Estados Unidos e gera um grau de incerteza que eu nunca vi na minha vida toda.”

Consequências da crise econômica dos EUA no Brasil

O Brasil, segundo o ex-diretor do FMI, já sente os reflexos dessa instabilidade: “O Brasil foi atingido por tarifas sobre aço e alumínio, e agora por uma tarifa uniforme de 10%.”

“Mas o curioso é que o Brasil tem déficit com os Estados Unidos, então se o critério é esse, o Brasil não deveria estar sofrendo nenhuma tarifa adicional. Mas não há critério nesse governo Trump. É uma coisa inacreditavelmente incompetente, ignorante, despreparada“.

Para os dois economistas, o processo de enfraquecimento norte-americano não será rápido nem simples.

“Eu acho que a gente vive um melhor momento para uma derrocada do império. Não significa que isso vai acontecer, porque os Estados Unidos não devem ser subestimados nos seus instrumentos, principalmente no campo militar”, alerta Juliane Furno.

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Fonte: noticiabrasil.net.br

Publicado em: 2025-04-10 20:22:00 | Autor: |

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